A Caixa introduziu a modalidade de saque aniversário em 2019, permitindo que os empregados sacassem anualmente parte do saldo do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Após aceitar a opção, o empregado que aderiu ao saque-aniversário ainda pode fazer empréstimos na Caixa ou em outras instituições financeiras e antecipar os valores para os próximos anos.

Assim, o saldo do FGTS também pode ser usado como garantia de crédito, auxiliando quem mais precisa. No entanto, o valor pode virar uma grande dor de cabeça para quem é vítima de golpistas, caso estes peguem os valores em nome dos trabalhadores.

Vale lembrar que o trabalhador não é obrigado a aderir a modalidade de saque-aniversário. E quem optar pela modalidade só poderá retornar ao saque-rescisão (aquele em que o trabalhador é demitido) após dois anos de detenção.

No golpe do saque-aniversário, os criminosos entram no aplicativo oficial com o login e senha das vítimas e solicitam o empréstimo. Como o banco entende que aquela é uma ação normal, acaba concedendo os valores sem a suspeita de fraude.

Portanto, mesmo que o trabalhador seja demitido, com a adesão do saque-aniversário, ele não poderá sacar seus valores do FGTS, apenas o valor anual de uma parcela do fundo, mesmo que seja demitido sem justa causa.

Outra forma dos golpistas pegarem os valores do saque-aniversário é ativar a modalidade e tentar fazer o empréstimo, sem que nem mesmo o trabalhador tenha solicitado a opção. Isso significa que o trabalhador não pode realizar o saque-recisão por um período de 2 anos, mesmo quando os fraudadores ativam em seu nome.

Segundo a Caixa Econômica Federal, tem havido muitas tentativas de saques indevidos do FGTS, embora o banco não divulgue quantos casos já ocorreram.

Para esses casos, o banco implementou um formulário especial. Segundo a Caixa, o documento contém informações para análise de fraudes e será encaminhado às autoridades policiais caso seja necessário.

Em nota, a Caixa explicou que o banco utiliza diversos mecanismos de proteção e monitoramento para melhorar a segurança de seus sistemas e mitigar as ações de fraudadores, como a validação de dados, autenticação de senha, validação de documentos e autenticação de segundo fator.

Segundo especialistas, a Caixa ainda não forneceu explicações de como os golpistas conseguem ter acesso às contas do FGTS dos trabalhadores.

Para eles, há uma grave falta de proteção de dados, pois os bancos não podem se eximir de culpa nesses casos, já que os trabalhadores são os mais atingidos.

Há até casos em que golpistas conseguiram acessar as contas de pessoas que não tinham cadastro na Caixa. Para fazer isso, eles usaram um e-mail falso e um número de celular qualquer.

A Caixa informa aos usuários que existem algumas formas de evitar esse tipo de golpe. Para isso, algumas medidas são importantes:

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