A Meta, empresa controladora do Facebook, planeja cortar os laços com trabalhadores que não estão atendendo às expectativas de benefícios recentemente aumentadas enquanto a empresa se prepara para uma desaceleração econômica, anunciou o CEO Mark Zuckerberg sem rodeios nesta semana.

A declaração sincera de Zuckerberg veio durante uma sessão de perguntas e respostas, durante a qual ele alertou que um recente colapso do mercado poderia ser “uma das piores crises que vimos na história recente“.

“Realisticamente, provavelmente há muitas pessoas na empresa que não deveriam estar aqui“, disse Zuckerberg durante a reunião, segundo a Reuters.

“Parte da minha esperança de aumentar as expectativas e ter alvos mais agressivos e aumentar um pouco o calor, é que acho que alguns de vocês podem decidir que este lugar não é para vocês e que a auto-seleção está tudo bem para mim”, acrescentou Zuckerberg.

Zuckerberg indicou que a Meta planeja cortar seus planos de contratação de engenharia em pelo menos 30% este ano, contratando cerca de 6.000 ou 7.000 pessoas em vez das 10.000 originalmente esperadas. Alguns cargos que atualmente permanecem vagos permanecerão vagos, pois o Meta está aumentando a pressão sobre os funcionários atuais.

A empresa foi abalada no mês passado pela impressionante renúncia da Diretora de Operações Sheryl Sandberg, vice de longa data de Zuckerman, e a mentora por trás do crescimento meteórico da receita de anúncios do Facebook.

A Meta confirmou que impôs um congelamento de contratações em maio, depois que a empresa cresceu apenas 7%, para US$ 27,9 bilhões no primeiro trimestre. Este foi o crescimento mais lento desde o período em que o Facebook se tornou público. Funcionários da empresa disseram que não há demissões planejadas.

Zuckerberg minimizou a alta rotatividade de funcionários da Meta durante a teleconferência de Abril da empresa.

“Não acho que esse tipo de volatilidade que as empresas enfrentam seja sempre tão prejudicial para garantir que você tenha as pessoas certas dentro das empresas“, disse Mark Zuckerberg na época.

Enquanto Zuckerberg procura reinventar sua enorme plataforma de mídia social como uma empresa do metaverso, a Meta viu suas ações despencarem mais de 50% até agora este ano.

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