A Netflix divulgou mudanças que podem deixar o serviço de streaming mais caro no país em breve. A polêmica taxa pelo compartilhamento de contas deve chegar ao Brasil já nos próximos meses, encarecendo a mensalidade de alguns assinantes.

A novidade foi revelada durante a divulgação do balanço financeiro da empresa a acionistas no dia 18 de abril. Com os resultados bem abaixo do esperado, principalmente devido ao fraco crescimento de novos usuários na América Latina, a empresa de streaming revelou que pretende antecipar a nova modalidade de cobrança como uma maneira de reverter os números e elevar sua receita.

Segundo Greg Peters, co-CEO da Netflix, a alteração nas regras que irá permitir a cobrança pelo compartilhamento de contas aconteça de modo mais amplo já a partir deste trimestre, começado no mês de abril. Isso significa apenas uma questão de tempo para que, até meados do mês de junho, a taxa adicional já esteja em vigor.

O executivo não quis dar mais detalhes a respeito dos valores e nem em quais países essa novidade nada animadora deverá ser aplicada. Contudo, ele é objetivo em dizer que será algo implementado na maior parte dos locais onde a empresa atua. Greg cita apenas os Estados Unidos, mas é esperado que o Brasil esteja incluído na lista, já que é um dos maiores mercados para a empresa.

Até agora, a Netflix Brasil não comentou sobre o assunto. De acordo com a empresa, até o momento, não há informação além do que foi divulgado no último resultado financeiro.

Ainda, Greg Peters mencionou que alguns países podem não ter essa cobrança adicional e que essa decisão será tomada caso a caso pelo streaming baseado na realidade de cada mercado. Ainda assim, ele ressalta que a nova política deve mesmo ser a regra e não a exceção. “Quando você pensa do ponto de vista da receita, o lançamento na grande maioria acontecerá no segundo trimestre”, afirma.

Como não existem informações concretas a respeito da chegada da cobrança no Brasil, não há nada confirmado a respeito do valor dessa taxa. Na apresentação aos acionistas, Greg apontou que o preço vai depender de acordo com a realidade de cada país e que ainda não há uma regra específica para isso.

De acordo com o co-CEO, vários preços foram testados no pré-lançamento na América Latina e isso dá uma ideia de qual o valor ideal a ser cobrado. Contudo, ele não dá mais detalhes das conclusões obtidas no primeiro levantamento.

Nos países onde a cobrança atualmente já foi implementada, como Argentina, Chile e Peru, a taxa cobrada pelo compartilhamento de contas tinha uma ampla variação. O valor mais barato foi na Argentina, em que os usuários pagavam um total de 219 pesos (cerca de R$ 5) para compartilhar sua senha com amigos. No Peru, o valor chegou ao equivalente a R$ 11, no Chile o valor foi de R$ 15. Em Portugal, a cobrança extra tem o valor de 3,99 euros (R$ 22).

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