Uma das propostas de campanha do presidente eleito Lula (PT) é reajustar o salário mínimo. Agora a equipe do PT quer reforçar ainda mais esta correção, já no primeiro ano de mandato. 

De acordo com as informações apuradas pela Folha de S. Paulo, o valor mínimo nacional pode chegar a R$ 1.319, o que representa um aumento de R$ 17 em relação ao valor do Orçamento enviado ao Congresso Nacional pelo governo Bolsonaro.

Para arcar com o custo da valorização ainda maior do que a discutida acima, serão necessários cerca de R$ 6,4 bilhões, que devem ser incluídos em uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite gastos adicionais sem ultrapassar o teto de gastos. 

A manutenção do Auxílio Brasil no valor de  R$ 600 também será tratada através desta proposta.

Lula vem falando em reajustar o salário mínimo desde o início da campanha eleitoral. A ideia é estimular um ajuste com base nos dados do PIB (Produto Interno Bruto) além da taxa de inflação utilizada atualmente.

Se isso for aplicado, o salário mínimo em 2023 poderia sofrer um reajuste de 1,3% acima da inflação.

Hoje, apesar do reajuste anual do piso nacional, o cálculo leva em conta apenas a inflação do ano anterior, de modo que o aumento do valor não traz nenhum lucro real para os trabalhadores, pois serve apenas para cobrir a inflação.

Desde o ano de 2019, os brasileiros não contam com um ganho real através do salário mínimo.

Para o próximo ano, de acordo com o orçamento apresentado por Bolsonaro ao Congresso, o valor mínimo também não traria ganhos reais. Com base no documento, esse valor provavelmente seria de R$ 1.302 no ano de 2023. 

Além disso, com a queda da inflação nos últimos meses, o valor poderia ser ainda menor se for considerada apenas a taxa de inflação para a correção do piso.

A PEC de transição que aborda essas questões do salário mínimo e outros gastos para implementar as promessas de campanha do presidente eleito Lula, foi negociada pela equipe de transição na última quinta-feira, dia 3.

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