No dia 26 de dezembro, Wellington Dias, futuro ministro do Desenvolvimento Social visitou o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e declarou que o governo fará um processo de pente-fino nos cadastros do Bolsa Família.

“Temos um cadastro grande com aproximadamente 90 milhões de pessoas. Tem umas coisas estranhas, tem crescido muito o número de famílias unipessoais, aquelas de apenas uma pessoa“, enfatizou.

Segundo Dias, o governo utilizará os dados registrados em 2022 pelo censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que deve encerrar suas pesquisas no início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no mês de outubro. O governo deve identificar os beneficiários atuais junto com os registros coletados pelos recenseadores.

O futuro ministro também criticou que algumas denúncias de fraude relacionadas ao Auxílio Brasil tenham sido destacadas apenas no final do mandato de Jair Bolsonaro (PL).

“É estranho que, com denúncias formais ainda do primeiro semestre, somente no final do mandato sejam adotadas medidas como essa”, diz. “Quando assumirmos o mandato, teremos todas as equipes de diversas áreas, integradas com estados e municípios, para que possamos trabalhar por um lado na busca ativa, para não deixar ninguém para trás, como foi prometido pelo presidente. Mas, por outro lado também, para poder garantir as condições para que o dinheiro público não seja usado ilegalmente.“

Após essas afirmações, o programa, que voltará a se chamar Bolsa Família, terá que passar por um grande “pente fino” para saber quem são as famílias que estão em situação de vulnerabilidade social e realmente precisam desse benefício.

Devido ao aumento das famílias unipessoais, onde apenas uma pessoa recebe o benefício, o benefício de R$ 600 é pago tanto para uma pessoa quanto, por exemplo, para famílias de casal com filhos.

“O presidente quer que tudo seja feito de maneira muito humana, para evitar injustiças, para realmente lidar com muitas oportunidades de defesa”, explica. “Porém, no que for irregular, vamos tratar disso”, enfatiza Dias.

O Governo Federal estabeleceu prazos para que essas famílias beneficiárias comecem a receber mensagens mensais no aplicativo do CadÚnico sobre discrepâncias nas informações encontradas no banco de dados do DataPrev.

O cidadão pode consultar se a família está incluída no processo de averiguação por este link. Para outras informações, é necessário ligar para a Central de Atendimento do Ministério da Cidadania, no número 121. O horário está disponível de segunda à sexta, das 7h às 19h.

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