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INSS: Após governo cortar juros do consignado, bancos suspendem oferta

Recentemente, o Governo anunciou uma redução na taxa de juros do empréstimo consignado do INSS, de 2,14% para 1,7% ao mês.

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Recentemente, o Governo anunciou uma redução na taxa de juros do consignado do INSS, de 2,14% para 1,7% a.m. Dias após o anúncio, várias instituições bancárias resolveram suspender a oferta da modalidade de crédito.

O novo limite é 0,44 ponto percentual inferior ao limite anterior. O teto de juros para o cartão de crédito consignado também apresentou a mesma queda, reduzindo de 3,06% para 2,62% a.m.

A redução dos juros foi aprovada pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) na última segunda-feira, dia 13. Por 12 votos a favor e 3 contra, aconteceu a aprovação que deve vigorar quando a instrução normativa for publicada no Diário da União.

Febraban já previa suspensão por parte das instituições

O CNPS define apenas o teto dos juros. Por outro lado, a definição da taxa é feita por cada instituição financeira. Assim, elas podem decidir não oferecer a modalidade de crédito, caso entendam que o novo limite inviabilize o produto.

Em nota, após a confirmação da redução da taxa de juros, a Febraban afirmou que “Os patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto“. Ou seja, já era esperado que as instituições financeiras fizessem a suspensão da modalidade de crédito.

Além disso, também já era previsto pela entidade que:

“Os novos tetos têm aumentado o risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada”.

Por fim, a Febraban justificou que 42% das pessoas que têm consignado do INSS “são pessoas negativadas em birôs de crédito”. Logo as duas modalidades (crédito e cartão) “praticamente são as únicas linhas acessíveis para este público mais vulnerável“. Assim, devido ao risco do empréstimo, a redução das taxas não é interessante para as instituições financeiras.

Bancos que já confirmaram a suspensão do consignado do INSS

A notícia da suspensão foi noticiada pelo G1, e foi confirmada pelo InfoMoney, que procurou o Itaú Unibanco (ITUB4), o Bradesco (BBDC4), o Santander (SANB11), o Banco do Brasil (BBAS3), a Caixa Econômica Federal e o Banco Pan (BPAN4).

Veja abaixo os que os bancos mencionados acima responderam ao InfoMoney:

O Itaú confirmou a suspensão do crédito consignado do INSS, porém, não deu detalhes sobre o motivo da decisão.

O Banco Pan confirmou também o fim da oferta de crédito. Segundo o banco, a decisão se deu “em função da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)”. As análises do Itaú BBA e Bradesco BBI mostram que o Pan é um dos principais players do mercado de consignado, e por isso, é um dos mais afetados pela redução das taxas.

O Banrisul afirmou que a rede de atendimento própria do banco vai seguir oferecendo o consignado do INSS.

O Bradesco e o Santander não se manifestaram sobre a questão.

A Caixa afirmou que “suspendeu a oferta do crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para avaliação”.

O Banco do Brasil disse que “tão logo haja novidades sobre a retomada das contratações no âmbito do convênio [com o INSS], informaremos”.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, as seguintes instituições financeiras também confirmaram a suspensão do crédito:

O Daycoval afirmou que “decidiu concentrar esforços para a operação de empréstimo consignado para funcionários públicos nos 200 convênios ativos”.

O Mercantil disse que “avaliando a situação e ajustando o produto às novas condições”.

O PagBank também confirmou que não está mais disponibilizando a opção de crédito.

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